26/02/2012

A Dama de Ferro - O que é dirigir um filme?


Depois de assistir a esse filme, tive sérias dúvidas sobre o que seria dirigir um filme, sobre que tipo de experiência um diretor deseja proporcionar àqueles que estão na tela: se seria tensão ou incômodo para alguns ou alegria e superação para outros. No caso deste A Dama de Ferro (The Iron Lady, 2011), saí completamente esvaziado. Sim, não consegui ter qualquer experiência agradável ou desagradável diante das intermináveis duas horas de projeção, além de perceber o quanto Meryl Streep esforçava-se para trazer verdade para todos os clichês motivacionais que o roteiro e a direção esforçavam-se por destilar a cada frame.

Mesclando passado e presente, a trama versa sobre a ex-Primeira Ministra da Inglaterra, Margareth Thatcher, sua ascensão, anos de governo e decadência pós-governo, focando basicamente na frustração da senhora em se sentir inútil diante da velhice. Entretanto, a experiência torna-se pavorosa por que tanto roteiro como direção são ineficientes em dinamizar ou trazer qualquer arco dramático para a narrativa de Thatcher, que tanto potencial tinha para render um bom filme. Com enquadramentos e montagem equivocados, Lloyd só não consegue fazer deste filme um erro completo por que tem como trunfo a dama de Streep enchendo a tela de força e frustração em suas duas fases.

Com certeza, faltou à diretora impregnar-se dessa história e saber como transmiti-la para o público. A dama de ferro ainda nos deve um filme à altura de sua grandiosidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário