18/05/2013

Quentin Tarantino e as (re)descobertas de um fã

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Nestas últimas semanas, comecei e terminei a leitura de Quentin Tarantino (Quentin Tarantino – The Film Geek Files), livro – editado por aqui pela Editora LeYa – escrito por Paul A. Woods, que reúne uma série de ensaios e entrevistas de diversos autores publicados na época de lançamento dos filmes deste cineasta que virou a mesa no modus operandi em Hollywood. Como tinha somente sete anos de idade quando o primeiro filme de Tarantino foi lançado – Cães de Aluguel – e não acompanhei o frisson em cima de Pulp Fiction na mesma época (mais lembrava bem do anúncio do filme a ser transmitido na TV pelo SBT), é interessante ler os comentários sobre o cineasta como se estivesse vivendo aquele período.
Ainda lembro do dia em que conferi meu primeiro filme do cineasta: a fita VHS rodava no videocassete a cena final de Pulp Fiction mostrava Jules e Vincent saindo da lanchonete acompanhados por uma trilha de surf music e eu, com meus treze anos, deitado na minha cama num final de tarde, em êxtase por tudo que havia acompanhado naquelas pouco mais de duas horas. Os gângsters ocupados com situações que qualquer um de nós poderia ter passado e discutindo suas banalidades entre um assassinato e outro. E, hoje, ao conferir as opiniões diversificadas sobre suas obras subsequentes, assim como suas próprias opiniões, é prazeroso por tornar sua obra mais próxima de um público que se agrada bastante de seus filmes, mas, muitas vezes, não sabe muito bem porque gostou do estilo do cineasta cinquentão.
O livro aborda com mais profundidade o trajeto do cineasta desde Cães de Aluguel até Kill Bill – contando com uma média de três a quatro ensaios por filme -, deixando Sin City, À Prova de Morte e BastardosInglórios com menos ênfase – provavelmente por terem sido incluídos por conta de uma segunda edição, com um ensaio cada um. Mas não deixa de ser leitura mais do que obrigatória nesta época em que o cineasta continua em alta com a recém-chegada de sua mais nova obra, DjangoLivre