23/07/2010

Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo – Crônicas de Vaudeville


A sexualidade humana, diferente da dos animais, apresenta-se de forma mais complexa e desenvolvida por um elemento em particular: a linguagem.

Característica essencial do homem, a linguagem faz com que o homem reflita e fale sobre sua sexualidade, permitindo-o questionar instintos e dogmas construídos ao longo de sua vivência no mundo, principalmente nos campos da Psicologia e da Arte. Surgindo dramática ou cômica, satírica ou erótica, a sexualidade sempre desperta curiosidade porque universaliza o ser humano, ainda mais de forma tão envolvente como no longa Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo (mas tinha medo de perguntar).

Trazendo um Woody Allen em início de carreira, este longa, composto por sete segmentos baseados em seções do livro de não-ficção de Paul Reuben, acompanha desde um bobo da corte que dá um afrodisíaco para a rainha até espermatozóides com dúvidas e medos sobre serem ejaculados, passando por um doutor que se apaixona por uma ovelha e um seio predador. Estas esquetes expõem o nonsense dentro do cotidiano a fim de explorar o absurdo sobre a forma como a sociedade trata uma sexualidade cheia de dilemas e vicissitudes, que se mostra mais incompleta do que benéfica em certos momentos.

Allen imprime sua persona a cada um dos segmentos, seguido por um elenco competente que eleva o status teatral das composições a um quadro cinematográfico por algumas sequências em particular, como Gene Wilder e Lynn Redgrave.

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