10/09/2011

Os Smurfs e a Cultura do Remix




Dentro da chamada Cultura do Remix, percebe-se que a maioria dos produtos audiovisuais concebidos para cinema são baseados em materiais criados originalmente para outras mídias – vide Piratas do Caribe, Nine ou os recentes Thor e Lanterna Verde, dentre outros. Como fruto dessa cultura, vemos o surgimento do longa do desenho animado que veio dos quadrinhos dos anos 50 Os Smurfs, que fez bastante sucesso no Brasil na década de 80, que, neste ano, se transformou em filme.

Nos primeiros minutos de Os Smurfs (The Smurfs, 2011, Raja Gosnell), percebe-se o quanto os longas criados para o público infantil evoluíram nas últimas décadas, visto que a sofisticação e a criatividade presente em filmes como Os Incríveis, Wall-E, A Viagem de Chihiro,  Shrek e outros simplesmente desaparece com o enredo mais do que ultrapassado deste longa meio preguiçoso e antiquado. A trama reside no seguinte: os Smurfs, ao fugir de mais uma investida de Gargamel – interpretado por um Hank Azaria querendo pagar as contas – e Azrael, terminam por parar na cidade grande – no caso, a óbvia Nova York -, onde passam poucas e boas até que consigam voltar para casa.

O clima despreocupado e simplório toma conta de todo o longa, desde o roteiro às interpretações, salvando-se somente a técnica de animação, que mostra a que veio, ao adequar os pequenos seres ao universo dos humanos com destreza. Aos adultos, resta somente perceber algumas brincadeiras visuais com o Blue Man Group, Blu-Ray Disc ou Bluetooth, o que não é grande coisa para quem cresceu com esses seres azuis e esperava bem mais do filme.

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